RELEASE
o velho manco é um quarteto de indie rock brasileiro. Escutá-los é transitar entre Radiohead e MPB em espiral, sem perceber, voltar a assimilar mais um tanto de referências que se dissipam e se concentram em cada faixa. Nirvana, Chico Buarque, Queens Of the Stone Age, Pink Floyd, está tudo ali. Apenas, no entanto, como alicerce para uma música que a gente nunca ouviu por aí.
Suas apresentações ao vivo aliam voracidade à rara excelência técnica na execução das músicas.
Formada em 2014 por Mancin (Vocais, Guitarra e Violão) , Vih (Vocais, Teclas e Bateria), Dan (Guitarra e Violão) e Eddie (Baixo), o velho manco lançou seu primeiro trabalho, o álbum A Mosca, em dezembro de 2018 apresentando uma maneira única de misturar o que há de mais interessante no indie rock global com uma marca incrivelmente brasileira.
Assim a banda define suas composições: “trazem letras pesadas, soturnas e desesperançosas, contrastando com melodias vibrantes e, por vezes, dançantes. Afinal, a verdadeira psiquê humana é mesmo formada por antagonismos, emulações e volubilidade”.
Nas composições, o vocalista usa de uma melancolia ácida, impulsionada pela crítica a um modelo de vida no qual é comum abrir mão dos verdadeiros instintos e sentimentos para abraçar uma rotina enfadonha.
Evolução discográfica (e artística)
Em 2023, o velho manco lançou seu mais recente EP “Egorama”, esbanjando maturidade qualidade técnica, tanto nas composições quanto em sua execução. Em uma viagem pelo tema título, a banda disseca o Ego, suas nuances e agruras.
Os bugs da mente humana e o cinema seguem sendo a matéria-prima para a criação artística do grupo.
“Ad Nauseam”, lançado em abril de 2020, o velho manco viaja através de uma representação literal da “bolha”, e trata do isolamento e da percepção equivocada que temos de nosso ambiente externo ao sermos atingidos constantemente por informações aleatórias e falácias proferidas por pessoas que detêm qualquer tipo de poder. O single rendeu à banda a indicação ao Prêmio Gabriel Thomaz de Música Brasileira, na categoria Melhor Música.
Já no single “Presente” (dezembro de 2019), o conceito gira em torno de um inseto, em sua jornada pela observação dos conflitos internos humanos. Na mesma linha de expor emoções suprimidas por tabus impostos pelas tradições e cultura corporativista. O tema da música se torna cada vez mais contemporâneo com o advento da tecnologia e consequente aumento da alienação: a rotina medicamentosa e exaustiva de quem sofre de Depressão.
A intrínseca estreia do grupo, no entanto, aconteceu em A Mosca, lançado em dezembro de 2018. Todo o conceito do álbum gira em torno de um inseto em sua jornada pela observação dos conflitos internos humanos.